quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O chato do amor é não morrer quando tem que ser.
É entranhar-se nas artérias e ficar escondido pelos cantos, às vezes quase esquecido, para despertar em memórias avulso que reagem como gatilhos com pavio curto.

O chato é eu sair pela porta do prédio, chateada contigo, animar brevemente com o sol e os prédios velhos e as árvores despidas a cortarem um céu azul de Primavera e lembrar-me das nossas mãos dadas a passear por entre árvores e prédios e céu e sol como estes.

O chato do amor é não ser só uma coisa que se sente, é coser-se a uma parte de nós como um remendo que custa a rasgar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Quando entrei no quarto, era só um quarto. Lembrei-me, ao aproximar o pijama dobrado por cima da arca para junto das narinas, para te sentir, de quando me amavas tanto que dormias com o meu pijama.
Um nó ridiculo prende-me ainda a circulação livre do ar da boca para os pulmões. Humedecem-me as pestanas, à força de as cerrar.

Não sei se te espero sem esperança ou se com esperança não te espero.

Não sei se tenho outra alternativa.


Desconfio que não.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

At Least It Was Here - The 88 (Full Community Theme w/ Lyrics)



I’m tied to the wait and sees
I’m tired of that part of me
That makes up a perfect lie
To keep us between
But hours turn into days
So watch what you throw away
And be here to recognize
There’s another way

But I love you more than words can say
I can’t count the reasons I should stay
One by one they all just fade away
But I love you more than words can say

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O engraçado da indiferença é que vais perder-me e nem vais dar por isso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011



old habits die hard when you got,
when you got a sentimental heart
Piece of the puzzle,
you're my missing part


When the evening shadows
And the stars appear
And there is no one there
To dry your tears
I could hold you
For a million years
To make you feel my love

domingo, 26 de junho de 2011

E a minha fachada de quem não quer saber desmorona.

Fecha o pano agora, por favor.
Sinto a tua falta todos os dias.

sábado, 18 de junho de 2011

O meu amor faz de mim estúpida os olhos de todos - às vezes aos meus olhos também.
O meu amor vive de nada que o alimente e revolta-se disso, mas não desaparece.
O meu amor acredita quando eu já perdi toda e qualquer fé.
O meu amor escraviza-me à dor.
O meu amor eleva-me.
O meu amor não aceita morrer e eu morro, devagar, a cada suspiro de saudade e esperança que teimosamente lhe escapa na hora sacrimoniosa da noite.
O amor não ultrapassa a função do cérebro de nivelar o visível a premissas equacionáveis?
Só uma vez, desta vez, estou a pedir que o amor suplante o resto. Que tenha força de superar o óbvio.

She & Him - In The Sun (2010)



dá-me as mãos.