Queria que fosse mais fácil. Não de mãos beijadas, mas mais fácil. Normal. Como aos outros.
Queria que estivesse ao alcance da pequenez dos meus braços.
Queria que fosse tema de conversa na esplanada do café e que os meus amigos fizessem piadas sobre mim.
Queria experimentar o toque de palavras em papel sem urgência de desabafo.
Queria não me sentir enjeitada, nem descartável.
Queria que, desta vez, os parabéns fossem para mim. E os sorrisos e as esperanças e o amor.
Queria que doesse, mas que no fim houvesse beijos que limpassem a dor.
Queria que não fosse só eu, invariavelmente, a lamber as minhas feridas em secretismo, a dar os parabéns, a sorrir, a desejar, a abraçar, a fazer piadas sobre todas as vidas que não sou.
Jorge Palma - frágil
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário