quinta-feira, 29 de outubro de 2009



relembrei-me desta música hoje.



esta também é bonita.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Amén.

Convertida ao linux.



cute

domingo, 25 de outubro de 2009

Estou na reticência de ti. Sou. O luto que te faço, na mudez do meu aparente ócio, mostra-se lento e constrangido, apetrechado da indiferença que espalho no ar que circula entre o teu espaço e o meu, as palavras que os unem.
Recuso-te e abraço a insónia, a nicotina e o quarto abafado pelo fumo e a luz rala que o corta, as páginas de um livro que sorvo sofregamente, na esperança de neutralizar a invasão das memórias e receios que colecionei de ti.
És nefasta, minha querida, quer te recorde ou não. Ora me consome a saudade, ora me brutaliza a fuga desastrada, o fingimento, o nó que me verga na cama, cessa a harmonia das entranhas com o oxigénio exterior.
Estou - sem o negar - na reticência de ti, dos meses que te dediquei, da desordem orgânica de te sentir, quente, no amâgo do estômago, fígado, coração.
És tóxica, minha querida, como todas as paixões raras e invasivas o são. Molesta-me o derrame da tua influência. Mais ainda a urgência de a sanar.

sábado, 17 de outubro de 2009

Insónia.

Bloqueias-me. Forças, inconscientemente, o nó que me vinca a traqueia e incomoda as minhas horas nocturnas.
Para ti não sou mais que o legume que cohabita com a soturna escuridão das noites em que dormes pacifica e suavemente. Um parasita, é isso. É o que eu sou.
Tenho as entranhas enfaixadas no luto de ti, da saudade do teu riso fácil, que entregas a ninguém.
Não suporto a proximidade de ti. Não suporto a tua felicidade. Não suporto a tua indiferença. Não suporto a minha.
Vegeto. Desintoxico. Apago-me.
Até ser mais que a angústia de ti.