sábado, 17 de outubro de 2009

Insónia.

Bloqueias-me. Forças, inconscientemente, o nó que me vinca a traqueia e incomoda as minhas horas nocturnas.
Para ti não sou mais que o legume que cohabita com a soturna escuridão das noites em que dormes pacifica e suavemente. Um parasita, é isso. É o que eu sou.
Tenho as entranhas enfaixadas no luto de ti, da saudade do teu riso fácil, que entregas a ninguém.
Não suporto a proximidade de ti. Não suporto a tua felicidade. Não suporto a tua indiferença. Não suporto a minha.
Vegeto. Desintoxico. Apago-me.
Até ser mais que a angústia de ti.

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